DT Carnage - Play 2

Corrida, destruição e até um pouco de RPG.
DT Carnage com certeza traz vários elementos que já foram vistos uma, duas, três... centenas de vezes em jogos de videogame. Entretanto, não deixa de ser um título original. Como isso é possível? Simplesmente porque o jogo consiste em uma mistura um tanto inusitada entre esses fatores, o que de certa forma traz uma experiência um tanto nova.

Uma definição possível seria: um Twisted Metal mais organizado (com campeonatos e tudo o mais) com traços de RPG e até mesmo alguns elementos um tanto... místicos — vide modo Exorcism (Exorcismo). E o mais incrível de tudo: o jogo não se passa em um mundo pós-apocalíptico. Por fim, o título também é uma mostra de que o PS2 ainda tem bala na agulha.

O RPG

O foco de DT Carnage está mesmo no modo League Conquest, que envolve treinar um corredor até que este tenha condições de encarar as corridas/batalhas profissionais. Pode-se escolher entre cinco pilotos diferentes, cada um com seus pontos fortes e fracos. Ou seja, enquanto um será melhor para velocidade, um outro será melhor para fazer curvas e por aí vai.

Independentemente do personagem escolhido, a história será sempre a mesma — que é o que efetivamente dá um clima de RPG ao jogo. O pai do protagonista, que também era piloto, perdeu um duelo e foi diretamente para o hospital. Entretanto, lá pelas tantas da noite ele simplesmente desapareceu, deixando nas mãos do personagem um mistério a ser resolvido.

Deve-se entrar nos campeonatos, galgar níveis e derrotar oponentes para descobrir o que realmente aconteceu com ele e também viver o universo de um jogador em todas as suas dimensões.

A corrida

Para isso, o jogador vai contar também com um mentor, que explicará os elementos mais fundamentais do jogo, como a barra de “boost”, a barra de energia e a barra de combustível — que deverá ser recarregadas nos “pitstops”.



O mentor também explicará como pegar e utilizar as várias armas disponíveis nas corridas. De forma muito semelhante ao que acontece em Mario Kart, existem estruturas que adicionarão ao carro do jogador uma arma aleatória (que será colocada no lugar da anterior), nesse caso são arcos através dos quais se deve passar.

O arsenal do jogo conta com tudo o que um adepto por explosões hollywoodianas poderia esperar, como torpedos perseguidores, bombas e mísseis. Além disso, alguns itens servirão para incrementar o carro e adicionar novas possibilidades, como trampolins para se saltar sobre os oponentes ou mesmo grades para atrapalhar a vida dos outros corredores.

O jogo também traz uma série de habilidades que podem ser compradas para facilitar muito as coisas. É possível, por exemplo melhorar o desempenho do carro, torná-lo mais controlável ou ainda adquirir “boosts” de aceleração.

Essas habilidades são muito importantes para corrigir os pontos fracos dos personagens — além da escolha do carro mais apropriado entre os 33 disponíveis, é claro. Entretanto, apenas um número limitado de habilidades será permitido por corrida.

Se não pode com eles, destrua-os!

Ser um bom piloto, executar várias manobras com destreza e bater constantemente o próprio recorde sem dúvida pode ser bom. Entretanto, para aqueles menos dotados de uma habilidade nata para corridas, ainda resta uma opção: basta destruir os demais oponentes!



Cada vez que um oponente é abatido a sua posição é conquistada. Além disso, espalhar carcaças pela pista vai adicionar “skill points” à sua reserva, sendo que estes poderão ser utilizados para comprar novas habilidades. Também são conquistados “league points”, que servirão para um chefe específico de uma série de corridas.

Modos adicionais

DT Carnage também oferece alguns modos para uma corrida rápida e descompromissada. Quem quiser simplesmente encarar 18 pilotos em uma de 18 pistas pode encarar o modo “Pick up and Play. Já o modo “Time Attack” coloca o jogador no tradicional desafio contra o relógio, permitindo ainda que alguns momentos mais marcantes possam ser vistos no replay. Pode-se também encarar um amigo em um modo de batalha.

Existem ainda três modos bônus que realmente não tem nada de ortodoxos. Um deles coloca o carro no papel de uma bola de boliche, basta dirigir e tentar derrubar o maior número de pinos. Outro colocará o jogador em meio a um labirinto/estacionamento no qual se deve encontrar a saída.

O último, e provavelmente também o mais singular, chama-se Exorcism (Exorcismo). Deve-se utilizar uma série de armas em uma espécie de “inquisição motorizada”, destruindo uma série de carros-fantasma para libertar as suas almas.

Por fim, uma mistura inegavelmente singular e, é claro, potencialmente divertida. Será que todos esses elementos vão formar um jogo bom? É só aguardar até dia 26 de agosto, quando a Agetec colocará DT Carnage nas prateleiras.