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 The Fate's Swords (Espadas do Destino)

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MensagemAssunto: The Fate's Swords (Espadas do Destino)   The Fate's Swords (Espadas do Destino) Icon_minitimeTer Mar 17, 2009 6:39 am

Título da fanfic: The Fate's Swords
Autora: DewDrop (Nádia B. Batista de Menezes)
Gênero: Aventura/Romance/Drama
Aviso, contém: spoilers, cenas de violência, racismo, mutilação, tortura, assassinato, nudez, ecchi/hentai leve
Censura: +18 (segundo o padrão de censura normal, mas se tiver menos de 17 ok, é por sua própria conta e risco)
Direitos autorais: personagens originários do mangá Inu-Yasha pertencem à Rumiko Takahashi; os demais pertencem a mim.

Notas da autora (minhas Wink) virão sempre em azul.


Última edição por DewDrop em Qua Mar 18, 2009 9:16 pm, editado 3 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: The Fate's Swords (Espadas do Destino)   The Fate's Swords (Espadas do Destino) Icon_minitimeTer Mar 17, 2009 6:42 am

Trailer:


Se o passado deixou marcas na alma
que não desaparecem com o tempo...

– Seu pai está morto.
– Por quê?! Por que não posso trazê-lo de volta?!
– Isso não é um jogo. Não pode brincar de Deus.
Se sempre lhes exigiram proteção,
mas não há quem os proteja...

– Mamãe... Onde está você? Por que me deixou sozinho? Não quero ficar sozinho... Me ajuda...
Se a vida para eles não passa de um fardo
e os sentimentos só causaram dor...

– É tudo... tão frio...
Será mesmo justo culpá-los
por não quererem sentir nada?

– Eu nunca mais vou chorar de novo... nunca mais.

Desvende as mentes por trás do olhar de gelo e diga: o que você vê?
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MensagemAssunto: Prólogo   The Fate's Swords (Espadas do Destino) Icon_minitimeTer Mar 17, 2009 6:48 am

Prólogo

Só pra fazer uma entrada melhor na história. Podem pular para o capítulo 1, mas eu recomendo ler.


O céu estava azul e sem nuvens naquele tempo ensolarado de primavera. Ela podia ouvir passarinhos cantando do lado de fora, mas nesse momento não tinha a menor vontade de levantar-se e sair. Passara o dia inteiro daquele modo, deitada no quarto com o lençol macio lhe cobrindo até o pescoço. Não levantara sequer para tomar café. E não sentia vontade de levantar mais nunca. Aliás, levantar para quê? Naquele castelo imenso não havia nenhum amigo que lhe chamasse para brincar ou que pelo menos lhe desejasse um bom dia. Percebera isso ontem. Nem mesmo pelo nome a chamavam. Uma lágrima escorreu contra sua vontade. [Hanyou...] Fôra assim que as outras crianças se referiram a ela na noite passada. O que significava ‘hanyou’ ela não sabia, mas não parecia ser algo bom. Começou a chorar baixinho. Não queria estar triste por causa daqueles bobos, não queria que a vissem daquele jeito; mas também não conseguia parar.
– Tsuki?...
Risos distantes, vozes no corredor. Alguém entrara ali. A porta do quarto se abrira, fazendo a claridade diurna entrar com maior intensidade. A menina cobriu o rostinho pálido com o lençol, deixando fora das cobertas apenas algumas melenas do cabelo liso e comprido. Não queria que ninguém percebesse que ela estava chorando. Queria sumir. Só isso.
– Tsuki, saia daí de baixo.
– Não!
Ela sentiu uma mão puxar o tecido sobre sua cabeça; segurou firme tentando esconder o nariz corado pelo choro, mas não teve força o bastante. O lençol escorregou até sua cintura.
– Qual o problema, Tsuki?
A menina sentou-se sobre a cama limpando as lágrimas.
– Pai, eu sou hanyou?
Ela ergueu a face encarando os olhos dourados do pai. Queria ouvir um não. Estava implorando por isso. Ele fez menção de dizer alguma coisa, mas permaneceu mudo; apenas meneou a cabeça num gesto afirmativo. Tsuki escondeu o rosto entre as mãos e recomeçou a choramingar.
– Pare com isso. Você está vermelha. – ele sentou-se ao lado da filha, ajeitando com a mão algumas mechas do próprio cabelo prateado – Sabe o que é um hanyou?
Tsuki meneou a cabeça de modo negativo. Não, ela não sabia, mas queria saber. Prendeu um último soluço choroso e ficou quieta, esperando a resposta. Por pior que fosse, antes de chorar tinha que descobrir o que significava aquilo. E pensando bem, sua mãe havia mencionado alguma coisa sobre hanyous há um tempo. A história ia ser boa.
...
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MensagemAssunto: Capítulo 1   The Fate's Swords (Espadas do Destino) Icon_minitimeTer Mar 17, 2009 11:43 pm

Cap. 01 – Proteger ou destruir: O passado oculto de Inuyasha


Inuyasha arfava sem fôlego, mas ainda assim não parava de correr nem diminuía o ritmo. Os cabelos prateados balançavam displicentes ao sabor do vento. Uma pontada dolorida no estômago. Câimbra. Não queria parar, não podia parar. Era continuar ou ser pego. Viver ou morrer. Ouvia aquelas risadas demoníacas mais altas agora. Eles estavam chegando perto. Olhou para trás; não podia voltar. Sentiu medo. Nenhum bom esconderijo à vista. Os músculos já começavam a reclamar do cansaço, mas respirou fundo e voltou a correr. Por que tinha que passar por aquilo? Era só uma criança! Uma criança de seis anos! Chegou próximo a um barranco. Estacou na beira. Um pisão em falso, seguido de um tropeço. Pedrinhas rolaram abaixo. ...E ele também.
Prendeu a respiração para impedir que o choro saísse. Estava todo sujo e cheio de arranhões. Em seu medo infantil, não conseguia perceber a sorte imensa que tivera: uma pequena vala escavada pelo tempo na encosta terrosa permitira que ele se segurasse e ao mesmo tempo conseguisse o abrigo tão desejado, ao invés de fatalmente deslizar barranco abaixo. Podia ouvir as vozes deles. Gurutais, quase grunhidos. Raivosas porque não conseguiam acha-lo. Não era justo. Como podia saber que aquela árvore era deles? E só pegara uma maçã! Uma! Levantou os olhos cor-de-ouro para o alto, tentando descobrir o que acontecia. Avistou, além do céu estrelado, uma faixa de grama que terminava de modo abrupto. O início da encosta, exatamente por onde caíra. Via um pé ali. Um pé vermelho enorme, com unhas longas de um tom amarelo sujo. Ainda estavam lá, vários deles. Podia ouvir barulho dos cascos grossos do azul careca pisando as folhas no chão um metro acima de sua cabeça. Passou o que lhe pareceu uma eternidade naquela posição (embora se houvesse um relógio disponível naquelas terras do Japão Feudal ele notasse que não chegara a passar mais que cinco minutos) até perceber que eles haviam ido embora.
Cravou as unhas na parede de terra para não cair, virou o corpinho ao contrário e caprichou no impulso. [1, 2, 3... já!] Pronto, de volta ao chão gramado, são e salvo. O haori folgado vermelho-vivo, que normalmente o deixava idêntico a um morango gigante, estava tão sujo de areia que agora beirava o marrom. Mas ele não estava dando atenção a esse detalhe. Abriu um sorrisinho bobo. Estava se sentindo o máximo por ter escapado daqueles youkais brutamontes. Sentindo como se fosse o mais forte da terra. Como se pudesse fazer qualquer coisa... inclusive berrar bem alto...
– É, FUJAM DE MIM, SEUS FEIOS!
Grande erro.
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MensagemAssunto: Re: The Fate's Swords (Espadas do Destino)   The Fate's Swords (Espadas do Destino) Icon_minitimeQui Mar 19, 2009 12:38 am

A resposta a sua frasezinha malcriada foi uma série de urros assustadores ecoando do horizonte noturno. Eles não estavam tão longe quanto esperava. Inuyasha sentiu algo molhado escorrer por entre as pernas, formando uma pequena poça amarela rente aos pés. Não correu desta vez; não conseguia se mexer. Estava apavorado, paralisado como uma estátua.
Não passaram nem dez segundos e o pequeno já fôra encurralado. Inuyasha desabou ao receber um soco potente na cabeça. Bateu forte contra o chão, produzindo um baque fofo. Um chute na barriga. Iam espancá-lo até a morte. Sentia cheiro de urina e sangue. Caíra bem em cima da poça que fizera, e o nariz estava sangrando. Pensou em gritar por socorro, mas de que adiantaria? Ninguém viria, de qualquer forma. Estava sozinho; estava perdido. Fechou os olhos.
[IAAAAAAAAAAAAAAAAAAAU!!!] Inuyasha continuava deitado emborcado no chão com as mãos protegendo o rosto. Gemidos de dor. Não eram seus. Sentou-se de modo quase automático, os olhos arregalados. Era quase impossível não se chocar com a cena desenrolada à sua frente: Um braço decepado voou para longe do seu campo de visão; o demônio azul passava, assustadamente, a mão restante no espaço correspondente a onde antes estivera o membro arrancado. Youkais corriam em pânico em todas as direções, enquanto uma fita de luz anil desenhava arcos e espirais no ar. O que era? Ela passou riscando o céu a poucos centímetros da sua cabeça. Inuyasha sentiu a testa formigar; havia algo de ácido, cortante naquilo. O youkai vermelho foi literalmente dividido ao meio – a metade com pernas ainda até arriscou alguns passos a esmo antes de desabar, inerte, no solo orvalhado. Havia alguém manejando aquela coisa, seja lá o que fosse. O garoto esfregou os olhos, tentando livrá-los da areia. O youkai azul careca desatara a correr, fugindo. Algo em vão. A estranha fita prolongou-se na direção dele e trespassou-lhe a nuca. O corpo decapitado foi ao chão.
Olhou na direção de onde a fita viera (sim, apenas na direção, pois a própria fita desaparecera como que por encanto). Viu alguém ali. Por causa do escuro da noite e das sombras não conseguia ver quem era com nitidez. Essa pessoa arremessou-lhe um objeto arredondado. Por reflexo, Inuyasha agarrou-o como um goleiro segura uma bola de futebol. Um susto e um gritinho. O pequeno hanyou dera um pulo para trás, largando a cabeça do demônio azul.
– Inuyasha...
Uma voz chamando seu nome. A voz de quem viera socorrê-lo. Uma voz de garota...

***
– Inuyasha...
– Mmmmmm...
Inuyasha apenas emitiu um gemido sonolento. Kagome perdeu a paciência.
– INUYASHAAAAAAAAAAA!!!
– GAHHHH!!!
Com o susto, ele caiu do galho em que estava, batendo de cabeça contra a grama.
– Inuyasha, anda! Eu não to mais nem vendo os outros! A gente vai ficar pra trás! Acorda!
– Feh! Por que não me chamou antes?
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MensagemAssunto: Re: The Fate's Swords (Espadas do Destino)   The Fate's Swords (Espadas do Destino) Icon_minitimeSáb Mar 21, 2009 10:43 pm

– Essa é a terceira vez que eu chamo! Pára de ficar a noite toda acordado! Todo dia é assim, você parece um ichigo *morango* enorme num morangueiro, só que ichigos não roncam!
– Você me chamou do quê?!
– Ichigo.
Kagome já estava bem à frente, quase alcançando Sango e Miroku. Shippou ainda estava adormecido, acomodado na cestinha da bicicleta cor-de-rosa da garota. Que raiva! Por que aquele pirralho irritante podia dormir e ele não? O hanyou deu um bocejo mal-humorado e foi atrás deles.
– Nunca mais me chame disso, ouviu?
– De quê? De ichigo?
– Eu disse pra não chamar!
– Por quê? Todo de vermelho, parece mesmo um ichigo! E o que você tem contra ichigo? Eu adoro ichigo, trouxe até ichigo na mochila, e doce de ichigo também, e o Souta tem um chaveirinho de ichigo que...
– PÁRA DE FALAR DE ICHIGO!
– Ih... – Shippou, ainda dormindo, começou a falar durante o sono.
– Quê?
– Que que foi, Shippou?
– Um igo-chi-chi... chigo... muchi...
– O quê?
– UM ICHIGO! – o youkai raposa sentou-se de repente, acordando com o som da própria voz.
*soc*
– AAAHH! Kagome, o Inuyasha me bateu! Buaaaaahahaaaaaa!!!...
– Inuyasha... Senta.
*poft*
Ele caiu de cara no chão.
– Por que você fez isso?!
– Quer dizer por que ela te fez sentar ou por que ela te chamou de ichigo, hein, Ichigo?
– disse Miroku, fazendo sua entrada de mestre na conversa... e ganhando um soco de brinde.
– Itai! *Ai!* Isso dói, Ichigo! – provocou o monge, rindo.
...
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MensagemAssunto: Re: The Fate's Swords (Espadas do Destino)   The Fate's Swords (Espadas do Destino) Icon_minitimeDom Mar 22, 2009 6:12 am

...

A lua vai sumindo devagar para que sol timidamente apareça no horizonte. Vai amanhecer. Os pássaros se agitam nos ninhos com o som vindo de baixo: uma melodia descontraída cantada por uma voz infantil. Três viajantes seguem caminhando pela paisagem deserta, dois destes sendo crianças.

Hana-ra [Flores]
Hana-ra ni yuka [Flores no chão]
Hana-ra ni kame [Flores no vaso]
Hana-ra ni sora [Flores no céu]
Hana-ra ni te [Flores na mão]
Harukana no hana-ra [Flores de ilusão]


– Aino, me ensina a cantar também?
– Ah, Karen! Não tem o que ensinar, é só abrir a boca e deixar a voz sair.
– Posso tentar te acompanhar?
– Hum… – a menina caprichou em uma careta pensativa, apenas por provocação, antes de responder numa risada – Nya, pode!

Nukerimashita no tsuchi no toko [Arrancadas do leito da terra]
Wo kame yaburu to hanasu hana-ra [O vaso se quebra e as liberta]
To ni hanabira ikimasu shitagaeru uindo [E duas pétalas vão seguindo o vento]
Sora wa kuroi dakara moo ban [O céu está escuro porque já anoiteceu]
Toki watarimasu to kakarimasu iro-ra [O tempo passa e murcha as cores]
No ikyoi yue hitostu hi ni sarimashita hana-ra no hitotsu umi [Da vida que já foi um mar de flores]
Natsu moo watarimashita [O verão já passou]
Aki hosu konoha-ra [O outono secou as folhas]
Demo fuyu itsumo watarimasu [Mas o inverno sempre passa]
Watashi shitagaeru haru [Eu sigo a primavera]

Hana-ra [Flores]
Hana-ra ni yuka [Flores no chão]
Hana-ra ni kame [Flores no vaso]
Hana-ra ni sora [Flores no céu]
Hana-ra ni te [Flores na mão]
Harukana no hana-ra [Flores de ilusão]

Wo bara no momoiro kaerimashita [O cor-de-rosa das rosas foi embora]
Demo watashi sonchikamae shitagaeru haru… [Mas eu continuo seguindo a primavera]


Uma ligeira parada para descansar os pés. Aino deixa momentaneamente a bolsa vermelha de lado e se vira para a amiga. Karen sentara-se numa pedra e balançava as perninhas para frente e para trás, num passatempo que só ela parecia achar graça. O ambiente estava bem agradável; o céu logo começaria a clarear e uma brisa suave fazia os cabelos balançarem um pouco. O aroma agradável de orvalho e frutas chegando até o nariz; ia começar um dia como outro qualquer...
Ou quase.
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MensagemAssunto: Re: The Fate's Swords (Espadas do Destino)   The Fate's Swords (Espadas do Destino) Icon_minitimeDom Mar 22, 2009 6:15 am

– Estão lá! Preparem as armas!
A voz estranha assustou as meninas. Mas o que realmente assustou foi o exército que as cercou logo em seguida. Não pareciam ladrões ou bandidos. Mas também não eram soldados... Karen engoliu em seco. Exterminadores!
– Ya! * “ya” = “flecha”, mas pode ser usado como grito de guerra ou comando de ataque*
Uma flecha única foi atirada. Não atingiu nenhuma das duas crianças. Um baque seco de algo caindo no chão.
– Sumam.
A figura alta que atuava como última componente do pequeno grupo andarilho postara-se adiante das pequenas companheiras. A flecha arrebentara o cordão de seu chapéu de viagens, fazendo-o cair, e revelara-lhe o rosto. Uma expressão fria ocupava o semblante níveo e destacava ainda mais o brilho cristalino nas íris rubras. Não havia nem mesmo um arranhão.
– Mas... É uma mulher!
– Eu não vou matar uma mulher!
– Céus!
– Estamos sendo pagos pra quê?!
– Ela é linda...
– É uma youkai! Não se deixem enganar, é uma assassina, tem olhos de sangue! – o general falou nervoso, tentando pôr ordem na discussão de seus homens.
Aino olhou para frente e sorriu. O homem à frente da tropa era o único a cavalo, todos os demais vinham a pé. Provavelmente não tinham idéia da bobagem que fizeram. Era melhor que dessem o fora, bem rápido. Karen deu um suspiro. Não, não estava com medo, fôra apenas um susto. Sentou-se no chão. Depois daquilo não teriam outra pausa na caminhada tão cedo. Estava seguindo a dica da amiga: só abrindo a boca e deixando a voz sair.

Hitotsu aoi gumo arawasu [Uma nuvem azulada aparece]
Eien-hana no hikari no tane [Semente de luz da única flor eterna]
Yue orimasu haru no te [Que desabrocha nas mãos da primavera]
Kiru ga sora ni go aoi hanabira [E rasga o ar com cinco pétalas azuis]
Somerimasu akai yuka [E tinge o chão de vermelho]

Sore kahana wa ga tatta hitotsu yue wa eien [Essa linda flor é a única que resta]
Ato yue zenin ni tsuchi moo shinimashita [Depois que tudo mais na terra já morreu]
Demo nai shinimasu dakara korosimasu [Mas ela não morre porque mata]
Nai tachi surimasu ni hana [Não toque nela]
Nai tachi surimasu ni hana... [Não toque nela...]
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MensagemAssunto: Re: The Fate's Swords (Espadas do Destino)   The Fate's Swords (Espadas do Destino) Icon_minitimeQua Mar 25, 2009 6:55 am

– Ya!
Assim como a primeira, mais uma flecha atirada. E em seguida uma chuva delas. O general-exterminador sorriu amarelo, acariciando a crina de sua montaria sem soltar as rédeas. Ninguém sobreviveria a um ataque daqueles. Embora não lhe agradasse a idéia de ter que matar uma garota desprevenida na beira da floresta, era para isso que estava sendo pago. E bem pago, por sinal. Os aldeões queriam um trabalho bem feito. Não iria hesitar agora. A moça ergueu a palma da mão frente ao rosto, no que parecia um reflexo de defesa... apenas parecia.
– Eu mandei sumirem.
Luz. Gritos de pavor. O general foi ao chão; seu cavalo, assustado, empinou derrubando-o e desatou a galopar desenfreado. Mas nem mesmo o animal escapou da névoa azulada que empestou o ambiente, queimando e derretendo os corpos no caminho, não deixando vestígios nem mesmo dos esqueletos. Tudo não levou mais que alguns segundos.
– Aino. Karen.
Karen levantou-se, limpando o pouco de areia na parte traseira da saiazinha do quimono. Aino já estava de pé, com a bolsa vermelha presa pela alça ao ombro. Olharam o ambiente em volta. Do mesmo modo mágico como apareceu, a estranha névoa semi-luminosa sumira. Talvez quisessem poder fazer aquilo também. Apesar da cena cruenta que sempre deixava, aquela bruma anil era fantástica. Ambas sorriram, olhando para a mulher de olhos vermelhos. Estavam seguras, sempre estariam seguras enquanto estivessem perto dela.
– Vamos.
= Hai! [^v^]
Os pássaros continuavam a se agitar nos ninhos. O ambiente estava bem agradável; o céu já começara a clarear e uma brisa suave fazia os cabelos balançarem um pouco. O aroma agradável de orvalho e frutas chegando até o nariz; ia começar um dia como outro qualquer...

Hana-ra [Flores]
Hana-ra ni yuka [Flores no chão]
Hana-ra ni kame [Flores no vaso]
Hana-ra ni sora [Flores no céu]
Hana-ra ni te [Flores na mão]
Harukana no hana-ra [Flores de ilusão]

Aoi kumo moo shizumu sageru ga aoi hana [A nuvem azulada sumiu levando a flor azul]
Bara no momoiro kaerimashita [O cor-de-rosa das rosas foi embora]
Ga yuka wa somerimashita no akai [O chão está tingido de vermelho]
To watashi sonchikamae shitagaeru haru... [E eu continuo seguindo a primavera...]


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MensagemAssunto: Re: The Fate's Swords (Espadas do Destino)   The Fate's Swords (Espadas do Destino) Icon_minitimeQua Mar 25, 2009 6:56 am


Inuyasha estava com os nervos à flor da pele. Desde que Kagome o chamara de ichigo naquela manhã, todo mundo parecia ter esquecido seu nome e só o chamava por aquele apelido maldito. O que havia de tão problemático em chamá-lo de Inuyasha? [I-nu-ya-sha...] Continuou soletrando o próprio nome em pensamento por um bom tempo. [Não é tão complicado assim, é?] Ainda não conseguira livrar-se da expressão de sono e dos bocejos, e muito menos dos fiapos de grama emaranhados em seu cabelo – provenientes do último Senta que levara. [Ingratos!] Se ele dormisse, quem iria defender a todos caso fossem atacados durante a noite? [Ingratos desgraçados! Infelizes! Idiotas!] Sentou-se num galho de árvore e passou a observar os amigos a certa distância. Miroku estava conversando com um velho aldeão do vilarejo em que chegaram. O velho queria ajuda – nada que interessasse. Algo sobre problemas com um youkai. Todos estavam prestando atenção, mas Inuyasha não queria ter de se importar com isso no momento. Pelo menos até que o aldeão mencionasse a quantidade de gente que tentou matar o tal youkai e acabou morta...
– Como é?! Todos eles?!
– Sim, senhor monge. Ninguém voltou. Nos ajudem, por favor, estamos ficando desesperados!
– E como era esse youkai?
– Não sabemos.
– O quê? [ÇoÇ]
– Como não sabem, velhote idiota? – Inuyasha chegara por trás e suspendera o velho do chão pela gola do quimono.
– Itaaaaaaiiii!!!! Não me mate, por favor! Não me mate! Não me mate! – começou a repetir a frase “não me mate” quase num mantra, assustado pelo hanyou de vermelho – Não me mate! Não me mate! Não me mate!...
– Inuyasha, ponha ele no chão!
– Ora, Kagome! Ninguém dizima um exército inteiro e continua sem alguém saber pelo menos como é a cara!
– Inuyasha, eu disse: no chão!
– Feh! Quem sabe esse velhote não tenha esquecido algum detalhezinho importante pra contar? Quem sabe uns bons sopapos refresquem a memória dele, hein? – disse à garota, ainda segurando o pobre velho e chacoalhando-o como e fosse um chocalho.
– Senta!
*poft*
– Agh! Por que você fez isso?!
Inuyasha caiu de cabeça no chão, como sempre.
– Desculpe por isso. – Kagome falou dirigindo-se ao velhinho – O Inuyasha está um pouco estressado hoje, mas ele tem um bom coração.
– Não sabe mesmo como é esse youkai? – disse Miroku, coçando o couro cabeludo.
O velho fez que não com a cabeça.
– Sempre houve youkais por essa região, até porque o vilarejo fica muito próximo da floresta, mas de uns meses pra cá tem sido quase impossível de agüentar. Primeiro só os aventureiros que se embrenhavam na mata eram mortos; depois também os coletores de ervas, os caçadores, os que cuidavam das plantações... Ninguém sai mais depois que escurece. As mulheres estão assustadas, as crianças nem brincam mais fora de casa. Façam alguma coisa, por favor! Nós imploramos!
– Pode ficar tranqüilo! Nós vamos lá encontrar esse youkai e destruir ele hoje mesmo!
– Feh! E desde quando você virou nosso líder, hein, Shippou?
– De qualquer modo, é melhor nós irmos mesmo. – Sango disse empunhando seu bumerangue de osso gigante, já com a roupa de exterminadora.
– Vocês podem ficar sossegados. Já fizemos isso várias vezes.
Eles já caminhavam rumo à floresta quando ouviram o velho gritar:
– Obrigado! Muito obrigado!
= De nada! – disseram em coro.
[Sim, de nada... mas eu vou ser bem pago! ^v^] O monge budista não conseguia tirar aquele sorriso bobo do rosto.

...
---algum tempo depois---
– E aí, Inuyasha? Já farejou alguma coisa?
– Não. Tem cheiro de coisa morta e sangue, mas não to sentindo cheiro de youkai.
– Será que foi embora?
– Pra mim aquele velho era caduco.
– Inuyasha, não fale assim!
– Feh! Fala sério, Kagome! Dê uma olhada nesse lugar! Não tem uma alma viva aqui! Tá tudo tão quieto que eu consigo me ouvir respirando!
– Inuyasha!
– Ele tem razão, está muito quieto...
– Sango...
– Quieto demais...
*crec*
– O que foi isso?!
Todos se viraram para trás quase ao mesmo tempo. Lá estava ele... ou ela... ou seja lá o que fosse aquele bicho comprido e rastejante feito uma cobra, encarapaçado por placas ósseas escuras na parte de cima e com pernas por todo o comprimento do corpo. Parecia uma lacraia gigante com patas de dragão chinês... e uma cabeça sabe-se lá do quê. Era enorme.
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MensagemAssunto: Re: The Fate's Swords (Espadas do Destino)   The Fate's Swords (Espadas do Destino) Icon_minitimeQua Mar 25, 2009 6:58 am

Kagome era a que estava mais próxima. O bicho empinou o corpo para cima, deixando livres os primeiros três pares de patas, abriu a bocarra e deu um guincho de estourar os tímpanos. Kagome gelou ao sentir o bafo quente do youkai bater no seu rosto. Deveriam caber pelo menos duas pessoas adultas dentro daquela bocarra fétida e viscosa. Mas ela não queria entrar lá para descobrir.
– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!!
– KAGOME!!
Inuyasha saltou entre o bicho e Kagome e desembainhou a Tetsusaiga. Foi por um triz. Mais um segundo de inércia e a colegial teria sido engolida viva. Que bicho horroroso! Não era de se espantar que os aldeões tivessem tanto medo. A lâmina grossa da espada vazou um dos olhos do youkai que, não foi preciso pensar muito para notar, caolho se tornara ainda mais feio. Kagome sacou o arco e procurou com o tato por uma flecha às suas costas. O que sentiu foi uma superfície grudenta, morna e escorregadia. [Que nojo!] Soltou a faixa que prendia seu porta-flechas e o fez cair no chão. [Nojo! Nojo!! Nojo!!!!] Estava tudo melado com aquela baba horrível de youkai. Ela quase vomitou ao ter que por a mão naquela bolha asquerosa para apanhar uma flecha. E mesmo assim... Desgraça! Estavam todas grudadas! Como se estivessem cobertas de cola, inúteis. [AAAAAAAHHH!!!] Dessa vez o grito não foi de medo, mas de raiva. Kagome limpou a gosma nojenta em sua mão na barra da saia e correu para junto de Miroku e Sango. Sem armas, o melhor que ela podia fazer era não atrapalhar os outros.
– Feh! Tamanho e feiúra ele tem, mas não parece grande coisa. – o hanyou falava com um sorrisinho de deboche no rosto – Você vai morrer, sua minhoca gigante maldita!
...
– Que barulho é esse?
– Nya, não sei... mas tá vindo de lá.
Karen continuava sentada no galho da ameixeira, e até agora colhera mais frutas do que se preocupara em contar, mas parara o ofício por um instante para olhar na direção que Aino apontara com a cabeça. A garota estava ao pé da planta, e a barra da bata que estava usando como rede para aparar a queda das ameixas que eram soltas da copa estava tão abarrotada que uma única semente a mais provavelmente a faria se rasgar.
– Parece gente gritando...
Aino passou rapidamente as ameixas para um balde com alças de treliça e vestiu novamente a bata rosa por cima do quimono e do shortinho brancos. Enganchou as alças do balde nas costas, como uma mochila, junto à bolsa e suspendeu-o. Estava pesado, bem pesado.
– Não parece, É gente gritando...
– E tem outra coisa, não tem? Tipo um bicho peçonhento se arrastando? – a menina desceu da árvore enquanto falava.
– Nya! Senhorita Yoh, o que está havendo?!
Aino fez a vozinha rouca sair mais alta que o habitual, embora não chegasse a gritar. Aliás, devido a estarem todas próximas, não havia necessidade de falar alto. Foi apenas um impulso nervoso causado pelo guincho assustador que soara naquele instante.
– O chão até tremeu! – a voz de Karen saiu um pouco estridente quando ela se viu forçada a agarrar-se no tronco grosso da planta para não cair.
– O que é isso?!
– Inuyasha.
= Hã?
As meninas não entenderam a resposta. O que era um inuyasha, afinal? Mas Yoh não se importou. Não era de seu interesse explicar minúcias agora. Era hora de mandar as garotas se prepararem para andar, o intervalo do lanche havia terminado. Estava sentindo um cheiro irritantemente familiar... Cheiro de hanyou... Um sinal de que aquele garoto estava por perto.
...
– KAZE NO KIZ... – a cauda do youkai à esquerda lhe acertou um golpe no estômago e ele caiu de costas, sem ar – GAAAAAAAAHHH!!!!
– Inuyashaaaaaaaaaa!!!
Kagome gritou desesperada. Aquela maldita baba grudenta parecia super cola de secagem rápida, e ela se sentia uma verdadeira palhaça com o pé grudado naquela raiz de árvore. Miroku não estava muito melhor que ela. Quem foi que o mandara tentar passar a mão onde não devia, bem quando a saia dela estava toda melada? Agora o monge devasso estava colado a uma pedra imensa que ele não conseguia nem mesmo arrastar. E colado pela mão direita, ainda por cima! Por que não podia ter sido a esquerda, tinha que ser justo a direita? Esse fato dera adeus à possibilidade de usar o Kazaana *Buraco do Vento* para livrá-los daqueles youkais. Isso não era nada bom... Sango não estava dando conta de todos, e estavam chegando cada vez mais perto, formando um cerco.
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MensagemAssunto: Re: The Fate's Swords (Espadas do Destino)   The Fate's Swords (Espadas do Destino) Icon_minitimeQua Mar 25, 2009 7:00 am

Inuyasha estava dividido numa luta dupla: o corpo lutava para matar quantos daqueles bichos pudesse pôr na mira da Tetsusaiga, ajudar Sango, achar graça e ao mesmo tempo xingar Miroku e Shippou (que estava com a cauda colada entre a mão do monge e a pedra, como num sanduíche) e proteger Kagome; e sua mente lutava para conseguir entender de onde saíram tantos daqueles youkais feiosos. Há pouquíssimo tempo era só um (e um bem pequeno se comparado aos de depois), mas foi só abatê-lo e aquele enxame de lacraias do inferno aparecera. Os bichos cheiravam a carniça podre, o que explicava porque ele não os detectara antes. Sentira cheiro de ‘coisa morta’, mas não adivinhara o que. As mãos estavam ficando suadas, e isso logo seria um problema a mais no pacote do dia. Não podia soltar a Tetsusaiga de modo algum. Já tentara usar as garras contra aquelas coisas e foi desastroso. Tudo o que conseguiu foi deixar os dedos vermelhos e as unhas azuis de tantos golpes. [Maldição...] Estava alternando os ataques entre a Kaze no Kizu *Ferida do Vento* e a Kongousouuha *Lanças de Diamante*, mas todas as alternativas já estavam lhe deixando tão exausto que, se os cabelos já não fossem brancos, agora ficariam.
– HIRAIKOTSU *Osso Voador*!!!
Sango continuava atacando sem descanso. O bumerangue de osso quase não tocava o chão; seu trajeto estava resumido a: mão da dona, ar, youkais, mão da dona outra vez. Já desistira de mirar nas cabeças ou nas costas. Isso porque, embora soubesse que se realmente fossem atingidos ali morreriam com facilidade, seu Hiraikotsu ricocheteava na carapaça dos bichos e só os deixava irritados. No início alguns, como o primeiro que eles enfrentaram, se erguiam nas pernas traseiras tentando intimidar, e ela conseguia atingi-los na barriga. Mas parecia que eles aos poucos entenderam que aquilo era arriscado e pararam de fazer. Então ela tratou de agir do modo mais coerente: arrancando as patas. Sem pernas os bichos ainda se moviam, se arrastando como serpentes, mas ficavam incrivelmente mais lentos. Assim ela conseguia atacar em outros pontos, como os olhos dos youkais, ou ajudar Inuyasha a alcançá-los. Mas a estratégia era muito demorada, e a cada minuto apareciam mais daquelas coisas. Enxugou um pouco do suor do rosto com a mão. Estava ofegante de tão cansada.
O Hiraikotsu voltou e ela estendeu o braço para pega-lo no ar. Alto demais. Os dedos alcançaram a alçinha da peça, mas não conseguiram segurar. [Essa não!] O bumerangue voou girando, torou metade do tronco de uma árvore e caiu longe do seu alcance. Sango virou-se para correr e apanhá-lo, mas *crec* [AAhhh!] o tronco atingido emitiu um estalido de quebra e despencou nas suas costas.
– SANGOOOO!!!
[Miroku...] O grito do monge foi a última coisa que ela ouviu antes de perder a consciência.
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