~*~ Lilium ~*~

Inuyasha corria o mais rápido que pôde. Sentia cheiro de sangue humano, e conhecia aquele sangue. Quando chegou ao vilarejo, completamente arrasado, olhou em volta e viu algo brilhando no chão um pouco mais a frente, então se aproximou e segurou a pequena bolinha rosada entre as garras.

- Shikon... no Tama...?

O hanyou se virou, mas antes que pudesse reconhecer quem estava atrás de si, sentiu uma forte dor no ombro e caiu alguns metros para trás, largando a Shikon no Tama quando caiu. Quando ergueu os olhos, se espantou ao reconhecer a mulher que lhe apontava outra flecha.
- K-Kikyou...?

- Inuyasha – disse a miko, com voz impassível. – Você mentiu, novamente.

- Não! Eu não menti!

- Você queria roubar a Shikon no Tama – interrompeu-o Kikyou, fazendo mira. – Mas eu não vou permitir. Dessa vez vou matá-lo, Inuyasha!

Antes do hanyou poder se levantar, Kikyou soltou a flecha e Inuyasha sentiu uma forte dor no peito, caindo deitado. Quando abriu os olhos, viu que a flecha de Kikyou lhe acertara um pouco abaixo do coração.

- Ki... kyou... – murmurou Inuyasha, vendo a miko se aproximar.

Kikyou olhou de relance para Inuyasha e pegou a Shikon no Tama, a observando com interesse. O hanyou tossiu um pouco de sangue e tentou se levantar, mas seu corpo não se movia. Esse gesto fez seu peito doer terrivelmente e ele cair, fechando os olhos.

- É o seu fim, Inuyasha – ele ouviu Kikyou dizer.

Inuyasha abriu os olhos e viu a miko se afastar, saindo de seu campo de visão. Logo depois, seu cheiro desapareceu, fazendo o hanyou fechar os olhos novamente. Não tinha mais forças para se manter acordado.

- Inuyasha!

O hanyou balançou as orelhinhas e farejou o ar com o pouco de forças que lhe restavam. Conhecia aquela voz e aquele cheiro, embora se misturasse com o de sangue, mas o reconheceria em qualquer lugar.

- INUYASHA!

- Ka... gome... – murmurou o hanyou, antes de desmaiar.

~*~

Quando acordou, Inuyasha se viu deitado numa simples cama de palha e se sentou rapidamente ao lembrar do que havia acontecido. Isso fez com que seu peito e ombro doessem terrivelmente, então amparou o peito e viu que toda a parte de cima do seu corpo estava enfaixada.

- Itai...

“Kagome...?”, pensou, olhando em volta e vendo a cabana vazia.

Inuyasha se levantou com dificuldade, colocou a parte de cima de seu haori e se apoiou na Tessaiga para poder andar até a porta da cabana. Quando empurrou a cortina para o lado, viu que a cabana ficava em meio a uma floresta, com um bonito bosque em volta. Um pequeno rio corria ao lado da cabana. Inuyasha farejou o ar. Kagome não estava por perto, o que o deixou preocupado.

- Kagome...

- Mama! – ele ouviu uma voz infantil e chorosa perto dali. – Mama, cadê você?!

Inuyasha ajeitou a Tessaiga debaixo do braço e caminhou lentamente para onde vinha a voz. Parou alguns instantes depois debaixo de uma árvore e olhou para cima, mas antes de reconhecer alguma coisa, sua visão ficou turva e sentiu a Tessaiga escorregar de seu braço, o fazendo cair com força na grama.

- Itai... – murmurou, sentindo o peito doer.

- Ei, você! Você está bem?!

Inuyasha se sentou com dificuldade e olhou para a árvore novamente, dessa vez vendo uma pequena criança o observando entre os galhos.

- O que você... acha? – Inuyasha gemeu e amparou o peito, que doía bem mais que antes.

- Você é um hanyou, não é?

- Não enche, gaki – resmungou Inuyasha. – Ei! Você viu uma garota humana passar por aqui?

- Por aqui? Não, não vi. E você viu minha mama?

- Não vi... – gemeu Inuyasha, puxando a Tessaiga para si e se levantando com dificuldade.

- Ei! Aonde você vai? – indagou a menininha.

- Procurar a Kagome...

amei a foto
a fic está muito mara

continua onegai *-*

beijos

- Mas... posso ir com você?

- Não – disse Inuyasha, sem pestanejar.

O hanyou se apoiou na Tessaiga novamente, a ajeitando debaixo do braço, e caminhou lentamente de volta para a cabana. Nenhum sinal de Kagome. Alguns segundos depois, ele segurou algo pela cauda e ergueu diante dos olhos. Era uma criança igual à Shippou, embora tivesse cabelos e cauda negros e olhos laranja, e vestisse um quimono simples e rosado.

- O que você quer? – indagou Inuyasha, largando a garotinha.

- Itai! – resmungou a kitsune ao cair de cabeça no chão. – Você não tem coração, não? Tratar desse jeito uma pobre criança indefesa!

- Eu não ligo – resmungou Inuyasha, irritado. – A Kagome pode estar em perigo!

- Ah, aquela garota bonita que saiu daqui ontem à noite?

Inuyasha olhou furioso para a pequena kitsune e a pegou pela cauda antes que ela pudesse fugir, a erguendo.

- Você disse que não a tinha visto – rosnou Inuyasha.

- Não, eu disse que não tinha a visto passar por ali – disse a pequena youkai, apontando para a árvore em que estava. – Não que não tinha a visto sair da cabana.

Inuyasha rosnou e soltou a youkai novamente.

- Pra que lado ela foi?

- Eu não vi – disse a kitsune. – Estava muito escuro. Só a vi sair da cabana.

- Maldição... – resmungou Inuyasha.

- Ei – chamou a pequena youkai. – Como você se chama?

- Inuyasha.

- Eu me chamo Yuke – se apresentou a pequena youkai, pulando no ombro bom de Inuyasha.

- Por que você não vai pra casa, gaki? – rosnou Inuyasha, olhando em volta.

- Porque eu me perdi da minha mama – confessou Yuke.

- Não me interessa – disse Inuyasha, grosso. – Vá embora. Tenho que me preocupar com mais coisas do que com uma gaki feito você.

- Seu baka – reclamou Yuke, pulando para o telhado da cabana.

- Grrrrrrrrrrr... – rosnou Inuyasha. – Bah, eu não tenho tempo para perder com você, gaki.

uahuahahaua xD
rachei aqui ^^

continuaa *-*

- Ei! Inuyasha – chamou Yuke, quando o hanyou lhe deu às costas.

- O que é agora? – resmungou Inuyasha.

- Eu posso te ajudar a achar sua garota – disse Yuke. – Mas só se você prometer que me ajuda a achar minha mama.

- Pode mesmo? – indagou Inuyasha.

- Posso – disse Yuke, pulando no ombro do hanyou novamente. – Você promete?

- Tudo bem, eu prometo – disse Inuyasha.

- Viva! Arigatô, Bake-Koinu – agradeceu Yuke.

- Bake-Koinu? – resmungou Inuyasha, agarrando a pequena youkai pela cauda.

- Gomensai – pediu Yuke.

- Vamos logo, gaki, eu não tenho tempo – disse Inuyasha, largando a youkai.

- Ok.

Yuke pulou no ombro de Inuyasha e o hanyou voltou a caminhar lentamente, se apoiando na Tessaiga para conseguir andar. Depois de alguns minutos, Inuyasha parou. Sentira cheiro de sangue humano. E não era pouco. Yuke se escondeu atrás de seus cabelos prateados, o que indicara que ela também sentira.

- Feh, covarde – zombou Inuyasha.

- E-eu n-não estou com medo – gaguejou Yuke.

- Feh, sei – disse Inuyasha, tentando se manter de pé sozinho. Quando conseguiu, prendeu a bainha da Tessaiga na cintura.

- Você é que deveria estar com medo – disse Yuke. – Está todo machucado.

- Eu não tenho medo de nada – disse Inuyasha, convencido. – E não estou machucado. Isso são só arranhões.

- Ah, é? – disse Yuke, apertando de leve o ombro machucado de Inuyasha.

- ITAII! Sua maldita kitsune, eu vou acabar com a sua raça!

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH!

Inuyasha e Yuke olharam para a direção do grito e o hanyou saiu correndo, tentando suportar a dor. Quando chegou ao vilarejo, parou repentinamente, espantado, o que fez Yuke quase cair de seu ombro. Estava exatamente igual ao outro em que fora ferido por Kikyou. Cabanas destruídas ou em chamas. Vários aldeões mortos. Yuke se escondeu novamente atrás dos cabelos de Inuyasha, e dessa vez ele não podia culpá-la. A cena era terrível.

“Kagome...”, pensou o hanyou, preocupado. “Onde você está?”

omg

continuaa *-*

beijos